Drawing a Floating, Levitating Ball - Anamorphic Trick Art

Supe que me amabas


Supe Que Me Amabas

 Marcela Gandara Desde el principio cuando te necesité Desde el momento cuando la mirada alzé Desde ese día, cuando sola me encontraba Cuando tu mirada en mi se fue a poner Supe que me amabas lo entendi Y supe que buscabas, mas de mi Que mucho tiempo me esperaste y no llegue Supe que me amabas, aunque huí Lejos de tu casa, yo me fui Y con un beso y con amor Me regalaste tu perdon, estoy aqui Y cuando lejos me encontraba te senti Sabia que entonces me cuidabas y te oí Como un susurro fue tu voz en el silencio Cada dia me atraias hacia tí

Sonhos de Einstein



Substantivo Adjetivos 15 de maio de 1905 [...] Uma folha no chão no outono, vermelha, dourada e marrom, delicada. [...] Poeira em um peitoril de janela. Uma pilha de pimentões na Marktgasse, amarelos, verdes, vermelhos. [...] O buraco de uma agulha. Mofo nas folhas, cristal, opalescente. Uma mãe em sua cama, chorando, cheiro de manjericão no ar. Uma criança em uma bicicleta na Kleine Schanze, sorrindo o sorriso de uma vida. Uma torre para preces, alta e octogonal, sacada aberta, solene, rodeada de brasões. Vapor subindo de um lago no início da manhã. Uma gaveta aberta. Dois amigos em um café, o lustre iluminando o rosto de um dos amigos, o outro na penumbra. Um gato olhando um inseto na janela. Uma jovem em um banco, lendo uma carta, lágrimas de contentamento em seus olhos verdes. [...] Uma imensa árvore caída, raízes esparramadas no ar, casca e ramos ainda verdes. O branco de um veleiro, com o vento de popa, velas se agitando como asas de um gigantesco pássaro branco. Um pai e um filho sozinhos em um restaurante, o pai, triste, olhos fixos na toalha de mesa. [...] As sombras azuis das árvores numa noite de lua cheia. O topo de uma montanha com um vento forte constante, os vales que se esparramam por todas as suas bordas, sanduíches de carne e queijo. [...] Uma foto de família, os pais jovens e tranquilos, as crianças trajando gravatas e vestidos e sorrindo. Uma pequeniníssima luz, visível por entre as árvores de um bosque. O vermelho do pôr-do-sol. Uma casca de ovo, branca, frágil, intacta. Um chapéu azul na praia, trazido pela maré. Rosas aparadas flutuando sob uma ponte, próximas a um castelo que vai emergindo. O cabelo ruivo de uma amante, selvagem, traiçoeiro, promissor. As pétalas púrpuras de uma íris na mão de uma jovem mulher. Um quarto com quatro paredes, duas janelas, duas camas, uma mesa, um lustre, duas pessoas de rostos vermelhos, lágrimas.

" LIGHTMAN, Alan. Sonhos de Einstein. Tradução de Marcelo Levy. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 72-76. (Fragmento)

O permanente e o provisório

O casamento é permanente, o namoro é provisório. 
O amor é permanente, a paixão é provisória.
Uma profissão é permanente, um emprego é provisório. 
Um endereço é permanente, uma estada é provisória. 
A arte é permanente, a tendência é provisória. 
De acordo? Nem eu. 
Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem pra agora, hoje é o meu dia, nenhum outro. 
Amor permanente... Como a gente se agarra nesta ilusão. Pois se nem o amor pela gente mesmo resiste tanto tempo sem umas reavaliações. Por isso nos transformamos, temos sede de aprender, de nos melhorar, de deixar pra trás nossos imensuráveis erros, nossos achaques, nossos preconceitos, tudo o que fizemos achando que era certo e hoje condenamos. O amor se infiltra dentro de nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro. 
Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, a amizade é fortíssima até encontrar uma desilusão ainda mais forte, a arte passa por ciclos, e se tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo vire. 
Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós.
MEDEIROS, Martha. Coisas da vida. Porto Alegre:
L&PM, 2005. P. 39-40.

A Palavra

... Sim Senhor, tudo o que queira, mas são as palavras as que cantam, as que sobem e baixam ... Prosterno-me diante delas... Amo-as, uno-me a elas, persigo-as, mordo-as, derreto-as ... Amo tanto as palavras ... As inesperadas ... As que avidamente a gente espera, espreita até que de repente caem ... Vocábulos amados ... Brilham como pedras coloridas, saltam como peixes de prata, são espuma, fio, metal, orvalho ... Persigo algumas palavras ... São tão belas que quero colocá-las todas em meu poema ... Agarro-as no voo, quando vão zumbindo, e capturo-as, limpo-as, aparo-as, preparo-me diante do prato, sinto-as cristalinas, vibrantes, ebúrneas, vegetais, oleosas, como frutas, como algas, como ágatas, como azeitonas ... E então as revolvo, agito-as, bebo-as, sugo-as, trituro-as, adorno-as, liberto-as ... Deixo-as como estalactites em meu poema; como pedacinhos de madeira polida, como carvão, como restos de naufrágio, presentes da onda ... Tudo está na palavra ... Uma ideia inteira muda porque uma palavra mudou de lugar ou porque outra se sentou como uma rainha dentro de uma frase que não a esperava e que a obedeceu ... Têm sombra, transparência, peso, plumas, pelos, têm tudo o que ,se lhes foi agregando de tanto vagar pelo rio, de tanto transmigrar de pátria, de tanto ser raízes ... São antiquíssimas e recentíssimas. Vivem no féretro escondido e na flor apenas desabrochada ... Que bom idioma o meu, que boa língua herdamos dos conquistadores torvos ... Estes andavam a passos largos pelas tremendas cordilheiras, pelas .Américas encrespadas, buscando batatas, butifarras*, feijõezinhos, tabaco negro, ouro, milho, ovos fritos, com aquele apetite voraz que nunca. mais, se viu no mundo ... Tragavam tudo: religiões, pirâmides, tribos, idolatrias iguais às que eles traziam em suas grandes bolsas... Por onde passavam a terra ficava arrasada... Mas caíam das botas dos bárbaros, das barbas, dos elmos, das ferraduras. Como pedrinhas, as palavras luminosas que permaneceram aqui resplandecentes... o idioma. Saímos perdendo... Saímos ganhando... Levaram o ouro e nos deixaram o ouro... Levaram tudo e nos deixaram tudo... Deixaram-nos as palavras.

NERUDA, Pablo. A Palavra.

Pelo ralo




Os pratos estão empilhados de um dos lados da pia numa torre irregular, equilibrando-se uns sobre os outros, como os destroços de um prédio bombardeado ameaçando cair. Estão sujos. Muito sujos. Foram deixados ali já faz algum tempo, e os pedaços de detritos sobre eles se cristalizaram, tomando formas absurdas, surreais. Há grãos e lascas, restos de folhas amontoados. Copos e tigelas, também empilhados num desenho caótico, exibem a superfície maculada, cheia de nódoas, e o metal das panelas, chamuscado e sujo, lembra a fuselagem de um avião incendiado. Mas há mais do que isso. Há talheres por toda parte, lâminas, cabos, extremidades pontiagudas que surgem por entre os pratos, em sugestões inquietantes. E há ainda a cratera da pia, onde outros tantos pratos e travessas, igualmente sujos, estão quase submersos numa água escura, como se, num campo de batalha, a chuva tivesse caído sobre as cinzas. O cenário é desolador.

A mulher se aproxima, os olhos fixos na pia. Suas mãos movem-se em torno da cintura e caminham até as costas, levando as tiras do avental. E a mulher abre a torneira. Encostada à pia, espera, tocando a água de vez em quando com a ponta dos dedos. (...) A mulher começa a lavar. Esfrega com vigor, começando pelas travessas que estavam imersas, pegando em seguida os copos e, por fim, os pratos. Vai acumulando-os, de um dos lados da pia, num trabalho longo, árduo. E só depois se põe a enxaguá-los, deixando que a água escoe, levando consigo o que resta dos detritos.

De repente, a mulher sorri. As pessoas não acreditam, mas ela gosta de lavar louça. Sempre gostou. A sensação de água nas mãos, seu jato carregando as impurezas, são para ela um bálsamo. “É bom assistir a essa passagem, à transformação do sujo em limpo”, ouviu dizer um dia um poeta. Ficara feliz ao ouvir aquilo. Só então se dera conta do quanto havia de beleza e poesia nesses gestos tão simples. Mas agora a mulher suspira. Queria poder também lavar os erros do mundo, desfazer seus escombros, apagar-lhe as nódoas, envolver em sabão todos os ódios e horrores, as misérias e mentiras. Porque, afinal, do jeito que as coisas andam, é o próprio mundo que vai acabar – ele inteiro – descendo pelo ralo.
SEIXAS, Heloísa. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 23 set. 2001.
Revista de Domingo, Seção Contos Mínimo.

Mude

Mude, mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente, observando com
atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia,
ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama…
Depois, procure dormir em outras camas
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais… leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida,
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado… outra marca de sabonete,
outro creme dental…
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos
óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros,
outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light, mais prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já
conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco,
sem o qual a vida não vale a pena!!!
(EDSON MARQUES)

http://aldavilasboas.blogspot.com.br/2010/05

Chorando de rir!!!!!

Que da hora!!!!!!!!!!!

Me dice que me ama - Jesús Adrián Romero



Me dice que me ama - Jesús Adrián Romero
 Me dice que me ama Cuando escucho llover
 Me dice que me ama Con un atardecer
 Lo dice sin palabras Con las olas del mar
 Lo dice en la mañana Con mi respirar
 Me dice que me ama y que conmigo quiere estar
 Me dice que me busca cuando salgo yo a pasear
 Que ha hecho lo que existe para llamar mi atención
 Que quiere conquistarme y alegrar mi corazón
 Me dice que me ama Cuando veo la cruz
 Sus manos extendidas Así tan grande es su amor
 Lo dicen las heridas De Sus manos y pies
 Me dice que me ama Una y otra vez

Esporte Espetacular - Mundial Interclubes do Flamengo faz 30 anos

ESQUADRÃO IMORTAL – FLAMENGO 1980-1983

ESQUADRÃO IMORTAL – FLAMENGO 1980-1983

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Grandes feitos: Campeão Mundial Interclubes (1981), Campeão da Copa Libertadores da América (1981), Tricampeão Brasileiro (1980, 1982 e 1983) e Campeão Carioca (1981).
Time base: Raul; Leandro, Marinho (Figueiredo), Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico. Técnicos: Cláudio Coutinho (1980-1981) e Paulo César Carpegiani (1981-1983).
“Seleção vestida de rubro-negro”
Quando se discute qual foi o melhor time brasileiro depois do Santos de Pelé, a briga é praticamente bipolarizada entre o São Paulo de Telê e o Flamengo de Zico. Porém, quando analisamos jogador por jogador e camisa 10 por camisa 10, aí não tem jeito: a vitória é do Flamengo. O esquadrão que o clube da Gávea conseguiu formar no início da década de 80 foi o mais brilhante que o futebol brasileiro já viu desde então. Laterais maravilhosos que marcavam e apoiavam o ataque com uma precisão que não se via desde os tempos de Carlos Alberto e Nilton Santos (Leandro e Júnior), um meio de campo absurdamente técnico, veloz e goleador (Adílio e Andrade), e um ataque dos sonhos, com um centroavante nato e especialista em decisões (Nunes), pontas rápidos e fatais com a bola nos pés (Tita e Lico) e um camisa 10 que nasceu para jogar no Flamengo: Zico. Ah, não podemos esquecer a zaga paredão formada por Marinho e Mozer, além do veteraníssimo e sempre ótimo goleiro Raul Plassmann. No banco, a genialidade de Cláudio Coutinho e, posteriormente, a serenidade de Carpegiani. Pronto. Esse era o Flamengo dos sonhos que ganhou os principais títulos da história centenária do clube: a Libertadores e o Mundial, em 1981, com direito a um vareio histórico contra o Liverpool (ING). Um time fantástico, que fez o Flamengo se consolidar como dono da maior torcida do Brasil e ficar marcado na história como o melhor que o clube conseguiu formar em todos os tempos. É hora de recordar as façanhas de uma turma que colocava, fácil, fácil, mais de 130 mil pessoas no Maracanã quase todo fim de semana.

Espinha dorsal campeã
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No final da década de 70 o Flamengo já começava a brilhar com jovens talentos, em especial o franzino Zico, ao conquistar seu terceiro tricampeonato estadual da história. Com Leandro, Andrade, Júnior, Adílio, Zico e Tita, todos formados na base rubro-negra, o time estava pronto para começar uma década de ouro.

A primeira grande conquista
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O Flamengo colocou a disputa do Campeonato Brasileiro de 1980 como a principal da temporada. O time se preparou como nunca e fez uma boa primeira fase, com apenas uma derrota. Nas fases seguintes, o time caminhou a passos largos, sem perder, até as semifinais. O adversário era o Coritiba, e o time carioca venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e o segundo por 4 a 3, assegurando vaga na final. O adversário seria uma seleção: o Atlético-MG de Luisinho, João Leite, Osmar, Toninho Cerezo, Palhinha, Reinaldo e Éder.

A maior decisão de todas
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O choque entre Atlético-MG e Flamengo é considerado até hoje como a melhor final de Campeonato Brasileiro de todos os tempos, tamanha a disputa e qualidade dos dois times. No primeiro jogo, no Mineirão, o Galo venceu por 1 a 0, gol do artilheiro Reinaldo. Na volta, no Maracanã com mais de 150 mil pessoas, uma partida tensa, provocante e muito disputada. Nunes abriu o placar para o Flamengo aos 7 minutos, mas Reinaldo empatou logo em seguida. Zico deixou o rubro-negro em vantagem no final do primeiro tempo, mas Reinaldo empatou de novo aos 66´. Porém, a desastrosa arbitragem de José de Assis Aragão acabou por determinar o resultado ao expulsar Reinaldo erroneamente.
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Sem o seu principal jogador, o Galo foi presa fácil para o Flamengo, que marcou o terceiro, com Nunes, decretando o primeiro título nacional para o rubro-negro, que tinha melhor campanha, por isso, mesmo com a igualdade na soma dos resultados, o caneco ficou com Zico e Cia. Era a primeira grande conquista daquela geração e o passaporte para o Flamengo disputar pela primeira vez em sua história a Copa Libertadores da América, em 1981.
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O árduo caminho da América
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Quis o destino que Flamengo e Atlético-MG se reencontrassem na Libertadores, na fase de grupos da competição, em 1981. A igualdade entre ambos foi tanta que empataram em 2 a 2 os dois jogos que realizaram. O rubro-negro empatou outros dois jogos e venceu dois, ficando com o mesmo número de pontos que o Galo. Para desempatar e decidir quem iria para a semifinais de grupos, ambos se enfrentaram no Serra Dourada, em Goiânia, e houve novo empate (0 a 0), porém, o time carioca foi declarado vencedor, já que o Atlético-MG teve 5 jogadores expulsos. As semifinais da competição na época eram em formato de dois grupos de três times cada, com o melhor de cada grupo avançando até a final. O Flamengo enfrentou o Deportivo Cali (COL) e o Jorge Wilstermann (BOL). E foi bem fácil: quatro vitórias em quatro jogos, e passaporte para a final, contra os chilenos do Cobreloa.

Guerra pelo título
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A seleção rubro-negra encarou a catimba chilena na decisão de sua primeira Libertadores. No primeiro jogo, no Maracanã, vitória por 2 a 1, com dois gols de Zico. Na volta, em Santiago, o time sofreu com a pressão do adversário dentro e fora de campo, em um cenário muito hostil, e acabou perdendo por 1 a 0. Foi a única derrota da equipe na competição. Como não havia critérios de desempate como gol fora, uma nova partida foi marcada, em Montevidéu, no Uruguai.
Melhor da América
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Em campo neutro e sem a pressão do Chile, o Flamengo teve a calma e tranquilidade para colocar a bola no chão e tratar de acabar de vez com o intragável adversário. Com dois gols de Zico, o time carioca venceu por 2 a 0 e ainda se vingou de um jogador em especial: faltando pouco para o final do jogo e com a partida sobre controle, o técnico Carpegiani colocou em campo o desconhecido atacante Anselmo com uma única missão: acertar, sem dó, o zagueiro do Cobreloa Mario Soto, que tinha agredido Adílio e Lico na partida de Santiago. Anselmo entrou, partiu pra cima de Soto, deu-lhe um baita soco, e saiu correndo! Pronto. Vitória! E por nocaute! O Flamengo, com técnica, habilidade, raça e malandragem, era campeão da América. Era o terceiro clube brasileiro, depois de Santos e Cruzeiro, a conquistar o principal torneio do continente. Zico foi o artilheiro da competição, com 11 gols. De quebra, o clube ainda era o primeiro carioca a ter a Libertadores em sua sala de troféus. Estava garantida a passagem para a disputa do Mundial Interclubes, em dezembro, no Japão.
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Um saboroso campeonato carioca
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Antes de disputar o Mundial, o Flamengo teve pela frente o Campeonato Carioca. E ele não podia ser mais saboroso. O time conseguiu vingar a derrota sofrida para o Botafogo por 6 a 0 em 1972, e aplicou os mesmos 6 a 0 no mês de novembro. O Maracanã delirou em alegria e o Flamengo em prazer. Porém, no mesmo mês, um baque para os jogadores e para o clube: o ex-técnico Cláudio Coutinho, que construiu aquele time, morreu enquanto praticava mergulho, um de seus maiores prazeres. O luto foi geral, mas serviu como combustível para o time fazer bonito tanto no Carioca quanto, principalmente, no Mundial: o time devia vencer as duas conquistas por ele, Coutinho. E assim foi feito. No dia 6 de dezembro, uma semana antes de entrar em campo lá no Japão, o rubro-negro venceu o Vasco por 2 a 1 e garantiu o título estadual. Cem mil pessoas cantaram o nome de Cláudio Coutinho ao final da partida, emocionando a todos no gramado. Num misto de alegria e tristeza, pelo título e pela falta de Coutinho, o Flamengo estava pronto para o jogo mais importante de sua história.
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Liverpool? Não conheço…
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O Flamengo encarou na decisão do Mundial o campeão europeu Liverpool, da Inglaterra. O time da terra da rainha estava em seu momento mais brilhante, assim como o time brasileiro, com conquistas nacionais e continentais. Os escoceses Souness e Dalglish eram as grandes estrelas do time vermelho, mas foram bem pouco para assustar o esquadrão de Zico. O time brasileiro deu um baile como nunca Tóquio havia visto e aplicou sonoros 3 a 0 apenas no primeiro tempo, com dois gols de Nunes e um de Adílio. No segundo tempo, o Flamengo apenas rolou a bola até o apito final, desfilando sua habilidade perante os atônitos ingleses.
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Era o apogeu: o Flamengo era campeão do mundo. Era, também, o primeiro (e até hoje único) carioca a vencer um título Mundial (embora o Fluminense tenha conquistado, em 1952, a Copa Rio, torneio intercontinental tido como “mundial”, mas nunca oficializado). Zico foi eleito o melhor jogador da decisão, e os ingleses, que haviam dito que “não conheciam o Flamengo” acabaram conhecendo, na marra, o clube brasileiro.
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Ano novo. Nova alegria
Em 1982, o Flamengo entrou com tudo no Campeonato Brasileiro. Depois de passar com folga pela primeira fase, o time carioca avançou até as quartas de final. O rival foi o Santos, e o rubro-negro venceu por 2 a 1 o primeiro jogo e empatou em 1 a 1 o segundo, garantindo vaga nas semifinais. O adversário foi o Guarani, derrotado duas vezes: 2 a 1 e 3 a 2. Vaga na final contra o então campeão brasileiro, o Grêmio.
O Flamengo de 1981: um time sublime, artístico, rápido e letal.
O Flamengo de 1981: um time sublime, artístico, rápido e letal.

Na raça e na técnica, bicampeão
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Enfrentar o Grêmio naquela época não era fácil. O time gaúcho contava com o ótimo goleiro Leão, o zagueiro uruguaio De León, os meio-campistas Batista, Paulo Isidoro e Bonamigo, além dos atacantes Tarciso e Baltazar. Era um adversário duríssimo, como o Flamengo provou no primeiro jogo, no Maracanã, ao empatar em 1 a 1. O resultado foi um balde de água fria no time, que teria que decidir no caldeirão do Olímpico, em Porto Alegre. O jogo foi intenso, e a partida terminou novamente empatada, dessa vez em 0 a 0. O jogo seguinte também seria no Olímpico. O Flamengo tinha que vencer se quisesse ser campeão brasileiro pela segunda vez. E o time suou muito para conseguir a façanha. Com um gol de Nunes, sempre ele, no começo do primeiro tempo, o Flamengo conquistou o bicampeonato brasileiro, de novo fora de casa. Zico foi o artilheiro da competição com 21 gols e se consolidava como maior craque do país. Era mais um caneco na galeria, e dose extra de entusiasmo para disputar a Libertadores.
Adeus, sonho do bi
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Como campeão do ano anterior, o Flamengo entrou nas semifinais da Libertadores de 1982. Porém, o time sucumbiu diante do poderoso Peñarol (campeão daquele ano), e mesmo com as duas vitórias sobre o River Plate, uma no Rio e outra na Argentina (um categórico 3 a 0) o clube não conseguiu vaga na final, pois perdeu os dois jogos para o time aurinegro do Uruguai: 1 a 0 em Montevidéu e 1 a 0 em pleno Maracanã. Era o fim do sonho do bi.
A consagração final
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Em 1983, o Flamengo era novamente o adversário a ser batido no Campeonato Brasileiro. Mas os rubro-negros não deram bola para ninguém. Depois de caminhar sem sustos na primeira fase, o time encontrou o grande rival Vasco nas quartas de final. Era a grande chance de vingar a derrota no estadual do ano anterior. E foi o que o time fez. Com vitória por 2 a 1 no primeiro jogo e empate em 1 a 1 no segundo, o Flamengo se classificou e eliminou o principal adversário. Nas semifinais, confronto rubro-negro contra o Atlético-PR, com vitória por 3 a 0 no primeiro jogo e derrota por 2 a 0 no segundo, que não foi suficiente para eliminar o Flamengo, que se garantiu na final, contra o Santos.
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Recorde e tricampeonato
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O Santos seria um grande teste para o Flamengo. O time da Vila disputava pela primeira vez uma decisão de Campeonato Brasileiro, a primeira final de cunho nacional desde a década de 60. O time contava com o artilheiro Serginho Chulapa em grande fase, além de Pita e João Paulo. No primeiro jogo, no Morumbi, o Santos venceu por 2 a 1, gols de Serginho e Pita, com Baltazar descontando para o Flamengo. Na volta, um recorde que dificilmente será quebrado: 155.253 torcedores entupiram o Maracanã para ver a turma de Zico dar show. É o maior público registrado em uma só partida na história do Campeonato Brasileiro. Precisando da vitória, o rubro-negro fez 3 a 0, gols de Zico, Leandro e Adílio, confirmando o terceiro título brasileiro em quatro anos do clube da Gávea. O time ainda se igualava ao Internacional como maior campeão brasileiro da época. Era a consagração final de Zico, Leandro, Adílio, Júnior e outros tantos craques. Porém, vacas magras começariam exatamente a partir daquele ano.
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O fim de um time histórico
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Depois de não ir bem na Libertadores de 1983 e no Carioca, o Flamengo perdeu seu encanto a partir de 1984. Sem Zico, que foi jogar na Udinese, da Itália, o time só voltaria a brilhar novamente em 1987, com novos talentos (e com o retorno de Zico) que venceriam o contestado Campeonato Brasileiro daquele ano. Era o fim do maior esquadrão já formado na história do Flamengo, e o maior que o Brasil já viu em muitos anos. É impossível não se deliciar com as exibições daquele time mágico no Maracanã ou em qualquer outro estádio, até mesmo no Japão. As conquistas, a representatividade e o símbolo de Zico foram marcos para a história do Flamengo, que jamais serão esquecidos ou igualados. Naquela época, o Flamengo fez jus ao próprio hino: “É o maior prazer, vê-lo brilhar”. E foi mesmo. O Brasil, a América e o Mundo adoraram ver os shows de Zico, Leandro, Júnior, Adílio, Andrade, Nunes, Mozer, Marinho e Raul. Um esquadrão imortal.
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Os personagens:
Raul: é um dos jogadores mais vitoriosos da história do futebol brasileiro. Depois de marcar época no Cruzeiro, chegou ao Flamengo como veterano, mas foi fundamental tanto no gol, onde pegou tudo com a qualidade de sempre, quanto no apoio aos jovens, passando tranquilidade, principalmente nas muitas decisões que o time teve de encarar naqueles anos. Foi ídolo.
Leandro: é um dos maiores laterais direitos da história do futebol brasileiro. Atacava e defendia como ninguém, e ainda marcava gols. Dono de muita habilidade e visão de jogo, colecionou títulos com o Flamengo, seu único clube na carreira, de 1979 até 1990. Foi titular da seleção mágica da Copa de 1982. Quando a idade começou a pesar, foi desfilar sua eficiência na zaga do time. Lembra alguém? Sim, Carlos Alberto Torres, outro mito que também foi ótimo tanto na lateral quanto na zaga.
Figueiredo: foi uma das grandes revelações do Flamengo na época. Fez mais de 150 partidas pelo clube. Por conta de seguidas contusões, acabou cedendo espaço a Marinho. Morreu precocemente, em 1984, num acidente de avião.
Marinho: formou uma dupla formidável com Mozer na zaga do Flamengo multicampeão. Não tinha tanta habilidade, mas compensava na marcação e na raça.
Mozer: era um craque na defesa, com muita habilidade e precisão no passe. Depois de colecionar títulos no clube de 1980 até 1987, foi ser ídolo no Benfica e no Olympique de Marselha. Foi um dos melhores zagueiros de seu tempo.
 Júnior: é tido como o melhor lateral esquerdo brasileiro de todos os tempos depois de Nilton Santos, bem como um dos maiores do futebol mundial. Tinha tanta habilidade que foi ser maestro do Flamengo no meio de campo no final da carreira, com a camisa 10. Brilhou no rubro-negro em duas épocas, de 1974 até 1984, e de 1989 até 1993. Jogou, também, no Torino e no Pescara, ambos da Itália. Foi titular da seleção brasileira nas Copas de 1982 e 1986. É um dos maiores ídolos do Flamengo.
Andrade: desarmava, marcava e dava passes magistrais. Andrade era o coração do meio de campo do Flamengo. Referência do time no período, fez mais de 500 jogos pelo clube e colecionou canecos, entre eles quatro Brasileiros, uma Libertadores e um Mundial. Virou técnico e conduziu o rubro-negro na conquista do Brasileiro de 2009.
Adílio: ficou conhecido como “Neguinho bom de bola”, por sua extrema habilidade e facilidade para o drible. Dono de um fôlego invejável, avançava ao ataque e voltava para ajudar na defesa como quem dá uma corridinha até a esquina. Fez um dos gols do 3 a 0 que deu o primeiro e único título mundial do Flamengo.
Zico: a história de Zico e a do Flamengo se confundem e se mesclam completamente. O “Galinho” é o maior jogador da história do Flamengo, marcou mais de 500 gols pelo time, é o maior artilheiro do clube, maior artilheiro do estádio do Maracanã e maior jogador do país na década de 80. Foi o maior símbolo do rubro-negro e ídolo de 9 entre 10 jogadores de futebol do Brasil que começaram a jogar na época em que Zico brilhava. Era formidável em cobranças de falta, maravilhoso quando driblava e perfeito nos chutes, além dos passes magistrais e da incrível visão de jogo. Muitos dizem que Zico foi um jogador de clube e que não jogou bem na seleção, mas isso não importa, principalmente para a torcida do Flamengo: para ela, Zico foi Deus e perfeito, estando ele para o Flamengo como Pelé está para o Santos. E foi mesmo. Um dos maiores gênios do futebol.
Tita: com Zico no meio,Tita teve de ser deslocado para a ponta, e brilhou do mesmo jeito. Com muita habilidade, era outro craque do time. Foi emprestado ao Grêmio em 1983 e ajudou o clube gaúcho a conquistar o título da Libertadores daquele ano. Mas, com muita saudade do seu rubro-negro,voltou antes de disputar o Mundial, que seria vencido pelo Grêmio. Mas ele nem ligou, afinal, já tinha o seu, conquistado em 1981, com o Mengo…
Nunes: ficou conhecido como o “Artilheiro das Decisões”, por adorar marcar em finais de campeonato. Que o digam Atlético-MG, Grêmio e Liverpool, as principais vítimas do “João Danado”, que marcou 96 gols pelo rubro-negro. Foi um dos ídolos do time.
Lico: tinha muito entrosamento com Júnior e armava ótimas jogadas na ponta esquerda daquele timaço. Não marcava muitos gols, mas sempre contribuía com uma jogada que resultava em gol.
Cláudio Coutinho (1980-1981) e Paulo César Carpegiani (1981-1983) – Técnicos: Cláudio Coutinho foi quem armou, projetou e construiu o maior Flamengo de todos os tempos. Sua morte foi um baque tremendo para todos no clube, mas serviu de inspiração para aquele time vencer quase tudo o que disputou como homenagem a ele. Carpegiani teve a eficiência de ajustar e melhorar ainda mais aquele time, conduzindo o rubro-negro para entra para a história. Ambos estão marcados para sempre na história do Flamengo.
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Extras: O primeiro caneco nacional Foi um jogaço, com todos os ingredientes necessários para uma decisão. E o Flamengo venceu por 3 a 2 o Galo e conquistou seu primeiro título brasileiro. A conquista da América Veja os gols da partida decisiva entre Flamengo e Cobreloa na final da Libertadores de 1981. Mundo rubro-negro O Flamengo deu show, sapecou o Liverpool por 3 a 0, e conquistou seu primeiro título mundial. http://imortaisdofutebol.com/2012/04/21/esquadrao-imortal-flamengo-1980-1983/

Thomas Edison, o gênio da lâmpada



Biografia do inventor americano Thomas Alva Edison, que nunca frequentou a escola mas revolucionou a vida humana com invenções como a lâmpada elétrica, o fonógrafo, a máquina de cinema.

O mais fértil inventor de todos os tempos criou o fonógrafo, a lâmpada elétrica, o projetor de cinema e aperfeiçoou o telefone. Traçou desse modo o perfil do mundo de hoje.

Decididamente, o professor não gostava dele. "O garoto é confuso da cabeça, não consegue aprender", queixava- se o reverendo Engle daquele menino de 8 anos, agitado e perguntador, os cabelos eternamente despenteados, que se recusava a decorar as lições, como faziam todos os alunos e ainda por cima ouvia mal. Naquele ano de 1855, o reverendo Engle era o único professor da única sala de aula da cidadezinha de Milan, no estado americano de Ohio, perto da fronteira com o Canadá e, assim, o implacável diagnóstico fulminou, três meses depois de ter começado, a carreira escolar do estudante Thomas Alva Edison. Foi irremediável: nunca mais ele voltaria a freqüentar um lugar de ensino. Pode-se especular por toda a eternidade que diferença teria feito para a história pessoal de Edison se ele tivesse tido um professor menos bitolado, que não confundisse excesso de curiosidade com falta de inteligência. É bem possível que as rotinas da educação arcaica terminassem por asfixiar a desmedida vontade de saber daquele aluno irrequieto e, isso sim, poderia ter feito enorme diferença para o perfil dos tempos modernos. Pois raras pessoas ajudaram tanto a esculpir o mundo atual como Thomas Alva Edison, o inventor da lâmpada elétrica e do fonógrafo, do microfone e do projetor de cinema, para citar apenas as de maior repercussão entre as literalmente mil - e - tantas utilidades que ele criou ou aperfeiçoou ao longo de uma vida trabalhada virtualmente sem tréguas quase até o final de seus 84 anos. Edison foi a encarnação mais que perfeita do supremo mito americano do self made man o homem que principia de baixo e apenas pelos próprios méritos termina coberto de glória e fortuna. Edison e os Estados Unidos parecem ter nascido um para o outro. Em 1865, quando acaba a guerra civil entre o Norte e o Sul, que matou 617 mil americanos, Edison tem 18 anos e ganha a vida como telegrafista. Em 1929, quando a quebra da Bolsa de Nova York anuncia os anos negros da Depressão, ele já passou dos 80 e festeja meio século da criação da lâmpada elétrica. Entre essas duas datas, os Estados Unidos deram um salto sem precedentes. A explosão capitalista, que criou em tempo recorde um país vertiginoso, exigia incessantes inovações técnicas. E a tecnologia, ao produzi-las, acelerava ainda mais o ritmo das mudanças em todos os setores. Num país insaciavelmente ávido por novidades, Edison esteve sempre no meio dessa roda-viva.Ele provavelmente não teria ido muito longe se não tivesse tido a mãe que teve. Ex-professora, casada com um pequeno comerciante chamado Samuel Edison, Nancy sentia por Thomas especial carinho, talvez por ter sido ele o caçula de seus sete filhos, três falecidos em criança, todos bem mais velhos que o menino. Além de afeto, Nancy tinha suficiente sensibilidade para perceber que não havia nada de errado com Al a culpa, ela sabia, era da escola que o rejeitava. E assim passou a educá-lo em casa, cercando-o de livros de História e Ciência, peças de Shakespeare e romances de Charles Dickens. O filho não a decepcionaria. Leitor apaixonado pelo que lhe caísse nas mãos, apreciava especialmente escritos científicos. Não contente em ler, sentia necessidade de repetir as experiências mostradas nos livros de Química, acabando por montar em casa um pequeno laboratório. Os tempos, porém, eram difíceis para Samuel Edison, que a essa altura já se havia mudado com a família, em busca de melhores oportunidades, para Port Huron, Michigan, junto à fronteira canadense. Não só para pagar os materiais necessários a suas experiências mas principalmente para ajudar no sustento da casa, Al arranjou emprego no trem diário que ligava Port Huron a Detroit, a futura capital mundial do automóvel. Eram três horas e meia para ir, outras tantas para voltar e seis horas entre uma viagem e outra tempo mais que suficiente para vender a bordo frutas, balas, bombons, biscoitos e chocolates (na ida), tudo isso mais a edição vespertina do Free Press, o principal jornal de Detroit (na volta), e ainda para longas sessões de leitura, seja no bagageiro do trem, seja na biblioteca pública da cidade. Tempo suficiente também para experiências no laboratório que Al foi instalando a bordo, no sacolejante bagageiro, com a benevolente cumplicidade do chefe do trem, seduzido pelo espírito empreendedor daquele garoto mal-ajambrado de 12 anos.
Naquela época, o que fascinava os americanos, mais ou, menos como hoje o computador, era a eletricidade, cujos segredos começaram a ser desvendados pelo inglês Michael Faraday e o alemão Simon Ohm cerca de trinta anos antes de Edison nascer. Mas o que fascinava especialmente o rapaz era uma aplicação específica da eletricidade o telégrafo, inventado nos anos 1830 pelo americano Samuel Morse, em honra de quem passou a ser chamado o código de pontos e traços usado para a transmissão de mensagens por impulsos elétricos através de fios. A imprensa e o telégrafo capturaram a imaginação de Al. Com o dinheiro que Ihe rendia a venda de guloseimas e jornais, comprou em Detroit uma impressora de terceira mão para publicar um mal escrito semanário de avisos e fofocas, The Weekly Herald, O Arauto Semanal, inteiramente produzido por ele próprio no trem. As possibilidades abertas pelo telégrafo para a difusão instantânea de notícias não escaparam ao jovem Edison, naqueles anos em que os americanos ansiavam por informações das furiosas batalhas da guerra civil. Aos 15 anos, solitário e tímido, não sabia se queria ser jornalista ou telegrafista. Por ora ganhava dinheiro com o jornalismo e a telegrafia, vendendo por preços exorbitantes os papéis impressos em Detroit com as notícias mais quentes da guerra. Um belo dia, o balanço do trem derrubou os frascos do laboratório e uma das traquitandas químicas pôs fogo no bagageiro. Assim que conseguiu controlar o incêndio, o chefe da composição arremessou para fora o inflamável material de pesquisa junto com o desconcertado pesquisador não sem antes aplicar-lhe severo corretivo. Das muitas lendas inventadas sobre a carreira de Edison, talvez a mais popular atribui à sova que levou naquele infausto dia de 1862 a surdez quase total que o acompanhou vida afora. Na verdade, seus problemas de audição vinham desde os 6 anos. causados pela escarlatina que o atacou então. No máximo, a agressão no trem pode ter agravado a deficiência. Despejado, perambulou pelos Estados Unidos, aprendendo e praticando telegrafia. Revelou-se em pouco tempo um operador de primeira. Mas a rotina do trabalho o enfastiava e ele combatia o tédio passando trotes; assim, quando não se demitia, acabava demitido. Em dado momento, resolveu com dois outros companheiros ser telegrafista no Brasil. Como o navio em que deviam partir de Nova Orleans atrasou muito, desistiu da idéia. Os amigos embarcaram; consta que acabaram morrendo de febre amarela. Por essa época, compra de segunda mão os dois volumes de Pesquisas experimentais em eletricidade, do inglês Faraday, por sinal também um autodidata, onde se demonstra como a energia mecânica pode se converter em eletricidade. O livro parece ter tido um impacto excepcional sobre seu inquieto leitor. Com 21 anos, telegrafista em Boston, morando num quarto de pensão transformado num misto de biblioteca e laboratório, Tom, como já era chamado, descobriu um rumo para a vida ser inventor. "Tenho muito que fazer e o tempo é curto", teria dito a um companheiro de pensão. Vou arregaçar as mangas." O que ele entendia por arregaçar as mangas logo tomaria forma na invenção pela qual recebeu a primeira patente uma máquina de votar para o Congresso dos Estados Unidos. Tratava-se, portanto, de um ancestral do sistema eletrônico de votação hoje usado em muitos parlamentos, inclusive no Brasil. Edison conhecia eletricidade, mas não conhecia os políticos. Para sua imensa surpresa eles não manifestaram o menor interesse pela engenhoca. Já em Nova York, onde desembarcou sem um centavo no bolso, passou semanas a fio à custa de um ou outro conhecido. Sua dieta Iimitava-se a café com pastel de maçã. Por sorte, eu gostava", lembraria anos mais tarde. Por um golpe do acaso, estava no lugar certo quando quebrou a máquina que transmitia pelo telégrafo as cotações do ouro na Bolsa. É claro que ele consertou a máquina em tempo recorde e é claro que foi recompensado com um emprego na companhia responsável pela divulgação do sobe-e-desce dos negócios com ouro. Logo Edison inventou um teletipo para registrar automaticamente numa fita de papel as cotações das ações na Bolsa. Ao oferecer o invento a um escritório de Wall Street, esperava receber por ele 5 mil dólares. Pagaram-lhe. sem que ousasse pedir tanto, 40 mil. O dinheiro durou um mês, gasto todo ele em equipamentos para a firma de engenharia elétrica que montara com dois sócios numa velha loja perto do pátio da estação de bens de Jersey City. depois transferida para um casarão de três andares em Newark, também em Nova Jersey. Era o mais moço dos sócios, mas seu apelido era o Velho". Morando em quarto alugado, sem se importar com sono, comida e roupas, começava o dia às 6 da manhã e só se recolhia depois da meia - noite. De negócios, entendia pouco e gostava menos. Vida social, tinha nenhuma. Trabalhava pelo prazer de remover os problemas no caminho de seus inventos, sempre pelo método do ensaio e erro. Era persistente como um obcecado, paciente como um sábio. Entrou para a história a sua frase: Gênio é 1 por cento inspiração e 99 por cento transpiração". Em 1876, aos 29 anos, construiu por conta própria aquilo que os historiadores consideram seu maior invento o primeiro laboratório não universitário de pesquisas industriais de que se tem notícia. Instalada num casarão que ergueu num ermo do interior de Nova Jersey chamado Menlo Park, essa verdadeira fábrica de invenções antecipou em quase um século os centros de pesquisa mantidos por empresas multinacionais do porte da IBM, Dupont e AT&T. Ali, o patrão Edison trabalhava de igual para igual com o mais novato de seus empregados. Só não Ihe ocorria que algum deles pudesse ter uma atitude diversa da sua própria dedicação integral, irrestrita e exclusiva ao trabalho. Com esses era tirânico; em dias de mau humor despedia a torto e a direito. No Natal de 1871 casou-se com uma jovem de 16 anos, Mary Stilwell, que trabalhava em Menlo Park perfurando fitas telegráficas. Diz a lenda que ele a pediu em casamento batendo em código morse numa moeda. Outra lenda diz que, saindo da igreja, deixou-a em casa e foi trabalhar até altas horas. É certo que a amava, embora o casamento viesse sempre em segundo lugar. Isso não mudou nem com o nascimento dos filhos. Apelidou a primeira, Marion, de Dot (ponto, em morse), Junior, o segundo, era Dash (traço). Havia ainda William, o caçula. Quando Mary morreu, aos 29 anos, de febre tifóide, o viúvo descobriu que eles Ihe eram estranhos. Um ano e meio depois, casou-se com Mina Miller, filha de um fabricante de equipamentos agrícolas de Boston, com quem viria a ter uma menina, Madeleine, e os meninos Charles e Theodore. No dia 14 de janeiro de 1876, Edison avisou o Escritório de Patentes dos Estados Unidos que estava trabalhando num invento destinado a transmitir a voz humana por um fio elétrico. Exatamente um mês depois, um certo Alexander Graham Bell entrou com um pedido de patente para o telefone. No dia 10 de março, pela primeira vez o som da voz humana foi transmitido pelo aparelho patenteado por Bell. Seu telefone, porém, era ainda um artefato primitivo e Edison tratou de aperfeiçoá-lo. O que o desafiava era encontrar um material que convertesse o som da voz em corrente elétrica com mais clareza. Fiel a seu estilo, inventou cinqüenta aparelhos diferentes até dar-se por satisfeito com o transmissor à base de carbono em uso ainda hoje e foi ele quem pela primeira vez gritou ao bocal, em vez do costumeiro "alguém aí?", simplesmente "alô". Enquanto aperfeiçoava o telefone de Bell, ocorreu a Edison que, se o som podia ser convertido em impulsos elétricos. também deveria ser possível gravá-lo para ouvi-lo depois. Esboçou então um sistema que consistia em um diafragma, ou seja, uma membrana fina que vibrava quando atingida por ondas sonoras, uma agulha presa ao diafragma e um cilindro rotativo recoberto por uma folha de estanho. A vibração do diafragma se transmitia à agulha, que fazia um sulco na folha metálica. Esta, por estar presa ao cilindro acionado por uma manivela, girava. Terminada a gravação, fazia-se a agulha voltar ao ponto de partida. Mas então, ao girar-se a manivela, a agulha percorria a trilha do sulco; a vibração era transmitida ao diafragma, que assim reproduzia o som gravado. O próprio Edison inaugurou seu fonógrafo, ou a máquina de falar", como ficaria conhecida no começo, recitando os versos da mais famosa canção infantil em língua inglesa: Mary had a little lamb" ("Mary tinha um carneirinho"). O fonógrafo fez de Edison, então com 31 anos, uma celebridade nacional e desse pódio ele jamais desceria até morrer, meio século mais tarde. Apesar disso, o invento permaneceu praticamente tal e qual durante quase uma década. O próprio Edison e seus maravilhados contemporâneos não viam no fonógrafo aplicação comercial imediata. Ademais, Iogo a energia criativa do inventor se voltaria para outra direção a luz elétrica. Naquele final dos anos 70, o uso da eletricidade para iluminação não era mais novidade. Já se conhecia a lâmpada de arco, que iluminava ao lançar em curva uma corrente entre duas hastes eletrificadas. Mas a luz era ofuscante, durava pouco e produzia tremendo calor. Na época, as casas ainda eram iluminadas pela chama das velas, embora nas maiores cidades os lampiões de gás fossem amplamente usados nas ruas, teatros e grandes escritórios, mas, além de caro, o gás cheirava mal e não havia para ele um sistema geral de distribuição. Edison tinha na cabeça a idéia de conseguir uma luz suave como a do gás sem suas desvantagens. O resultado, a lâmpada elétrica, foi a invenção que Ihe daria mais problemas e trabalho. À primeira vista, o desafio parecia simples: tratava-se de achar um material que ficasse incandescente quando a corrente elétrica passasse por ele e fazer com esse material um fio fino, um filamento. Como outros inventores, Edison acreditava que esse filamento precisaria ficar isolado dentro de um bulbo de vidro do qual o ar tivesse sido retirado, pois o oxigênio facilita a combustão. Mesmo no vácuo, porém, todas as dezenas e dezenas de filamentos diferentes testados pela equipe de Edison queimavam em poucos minutos. Durante mais de um ano, ele e seus assistentes faziam e testavam filamentos de todos os materiais possíveis e imagináveis. De experiência em experiência, chegaram ao fio de algodão carbonizado. Foi, literalmente, uma idéia luminosa. Acesa a 21 de outubro de 1879, a lâmpada brilhou 45 horas seguidas. Edison não pregou olho enquanto isso. Quando, tendo já aperfeiçoado o invento, convidou um repórter do New York Herald para contar a boa nova, foi mais que uma consagração. Edison passou a ser chamado de mágico e gênio para cima. Tornara-se provavelmente o homem mais admirado do mundo. Mas a lâmpada era só meio caminho andado, se tanto. Era preciso criar, peça por peça, um sistema de geração e distribuição de eletricidade acessível a toda a população. Hoje em dia, quando tudo isso é rotina, pode-se ter apenas uma vaga idéia do tamanho da empreitada que permitiu a Edison produzir e distribuir energia elétrica a uma parte de Nova York em 1882. A tarefa rendeu ao inventor nada menos de 360 patentes que o ajudariam a tornar-se milionário. Mas, como ninguém é perfeito, ele perdeu tempo e dinheiro teimando, contra todas as provas em contrário, que o melhor sistema de transmissão de eletricidade a longas distâncias era o da corrente contínua, na qual os elétrons fluem numa mesma direção. Durante muitos anos, sem base alguma, Edison dizia que o sistema de corrente alternada, no qual os elétrons fluem ora numa ora noutra direção, era ineficaz e perigoso. Ele chegou a eletrocutar animais para demonstrar os supostos riscos da corrente alternada e só se rendeu depois que o sistema por ele condenado foi adotado em toda parte. Uma das últimas invenções de Edison a marcar profundamente a civilização moderna foi o projetor de cinema, que ele chamava de cinetoscópio e estava para a imagem como o fonógrafo para o som. Patenteado em 1891, o aparelho era uma caixa de madeira dentro da qual havia uma lâmpada e um rolo de filme de fotografias com uma seqüência de imagens. Por um orifício na caixa via-se a grande ilusão: acionado por uma manivela, o filme rodava, dando a impressão de movimento. Em 1903, no primeiro estúdio de cinema dos Estados Unidos, em West Orange, Nova Jersey, ele produziu O grande assalto ao trem, o primeiro filme a contar uma história de ficção. Consagrado como "o mais útil cidadão americano", Thomas Alva Edison viveu intensamente até o fim. Apesar de todos os esforços, comparáveis aos que empregou para inventar a lâmpada, não conseguiu produzir o carro de seus sonhos movido a eletricidade gerada por uma bateria. Entregou os pontos depois de 10 mil experiências e 1 milhão de dólares. Morreu em 1931, aos 84 anos, certo de algumas verdades básicas. Como a de que "pensar é um hábito que ou se aprende quando se é moço ou talvez nunca mais". No dia de seu enterro, todas as luzes dos Estados Unidos foram apagadas durante 1 minuto.

Para saber mais:
O fator acaso
(SUPER número 8, ano 4)
Aqui se fabrica o futuro
(SUPER número 3, ano 10)

http://super.abril.com.br/superarquivo/1988/conteudo_111446.shtml

As diferenças entre religião e espiritualidade

Prof. Dr. Guido Nunes Lopes

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.

A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "aprende com o erro".

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.

A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.

A religião alimenta o ego.
A espiritualide nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação. (*)

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.

A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.

Mensagem enviada por Sandra Matarazo
Prof. Dr. Guido Nunes Lopes - Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Física pela Universidade Federal do Amazonas (FUAM, 1986), Mestrado em Física Básica pelo Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IF São Carlos, 1988) e Doutorado em Ciências em Energia Nuclear na Agricultura pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA, 2001).

(*) Sobre a Meditação - Por Osho


Meditação: da inconsciência para a consciência

Existem mil e uma idéias errôneas a respeito da meditação, predominantes em todo o mundo. A meditação é muito simples: nada mais é do que consciência.

Ela não é entoar salmos, não é usar um mantra ou um rosário. Esses são métodos hipnóticos; eles podem lhe dar um tipo de repouso — e nada há de errado com esse repouso; tudo bem, se estivermos simplesmente tentando relaxar.

Qualquer método hipnótico pode ajudar, mas, se você desejar conhecer a verdade, então ele não será suficiente.

Meditação simplesmente significa transformar sua inconsciência em consciência.

Normalmente, apenas um décimo de nossa mente está consciente, e nove décimos estão inconscientes. Apenas uma pequena parte de nossa mente tem luz, uma fina camada; fora essa parte, toda a casa está imersa na escuridão.

E o desafio é ampliar tanto essa pequena luz que toda a casa fique repleta de luz, sem deixar um único recanto no escuro.

Quando toda a casa está repleta de luz, a vida é um milagre, tem a qualidade da magia.

Então, ela não mais é comum — tudo se torna extraordinário. O mundano é transformado no sagrado e pequenas coisas da vida começam a ter um imenso significado, jamais imaginado.

Pedras comuns parecem tão belas quanto diamantes... toda a existência se torna iluminada.
No momento em que você se ilumina, toda a existência se ilumina.
Se você estiver na escuridão, toda a existência estará na escuridão.
Tudo depende de você.

http://stelalecocq.blogspot.com/2013/10/as-diferencas-entre-religiao-e.html
Osho, em "Osho Todos os Dias — 365 Meditações Diárias"