Faxina Emocional

Faxina Emocional

faxina emocional Entrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu  para o Site Mais Equilíbrio / Portal Terra

Esta na hora da faxina emocional

Quando percebemos que estamos sendo dominados por sensações ruins e não estamos com força para supera-las. Ou seja quando percebemos prejuízos nas áreas emocionais ou comportamentais. Por exemplo, percebemos que não estamos mais conseguindo sentir entusiasmo como por exemplo quando vamos a passeios que antes gostávamos mas agora não desfrutamos mais. Quando não conseguimos reagir de forma elegante as pessoas que nos agridem ou não conseguimos corresponder as pessoas que oferecem carinho.

Como a faxina emocional é feita

Identificando  a origem destas sensações negativas e traçando metas de mudança.
A origem destes sentimentos negativos podem ser vivencias que foram nos derrotando, como por exemplo tentativas frustradas, pessoas muito criticas a nossa volta incutindo palavras destrutivas, impossibilidade de vislumbrar novos acontecimentos em nossa vida.
Devemos fazer um levantamento dos pontos a serem alterados. Por exemplo: voltar a ligar para os amigos e convidá-los para virem em casa, voltar a me entusiasmar quando vou ao cinema, conseguir falar para o colega de trabalho que suas interferências atrapalham e devem parar, etc.
Muitas vezes a pessoa percebe que não consegue realizar esta tarefa sozinha, nestes casos recomendo o acompanhamento de um psicólogo.

Frequência na qual deve ser feita a faxina emocional

A frequência, deve ser sempre que sentir necessidade ou a cada 6 meses caso a necessidade esteja aí mas não a identificamos.

As pessoas que “sempre têm uma resposta na ponta da língua” costumam saber administrar melhor as emoções do que aquelas que se calam, guardam mágoas

Não “engolir sapos” ajuda a manter a auto estima, pois levar um desaforo levanta a necessidade de auto defesa.  Mas as vezes ter a resposta na ponta da língua pode significar ação por impulso e não a total consciência do que realmente seria melhor. E além do mais ao falar tudo o que pensa uma pessoa pode acabar sendo agressiva sem se incomodar com o sentimento do outro. Devemos cuidar de nosso bem estar emocional mas também podemos cuidar para não abalar as outras pessoas além do necessário.
O equilíbrio é o ideal. Guardar mágoas é horrível, mas devemos tentar  resolver sempre e para isso temos alguns caminhos, um deles pode ser falar para o outro o que pensamos, mas as vezes afrontar as pessoas não funciona. O que devemos mesmo ter em mente é a procura pela resolução dos problemas, muitas vezes podemos nos sentir muito bem conosco mesmo quando, ao invés de soltar a resposta da ponta da língua – o que manteria o clima ruim, ajudarmos a outra pessoa a chegar a uma solução para o problema em questão.
Esta proposta é muito mais difícil de ser aplica do que simplesmente sair falando o que passa pela cabeça, mas com certeza os resultados a médio elongo prazo serão de muito mais paz e harmonia interna para todos.
Se sabermos quem somos não precisamos necessariamente dar satisfação ao outro.

Chorar não funciona como  faxina emocional

Não - chorar é uma forma de conseguir alivio e não de resolver. E toda forma de alivio pode se tornar um vício,  e assim corre-se o risco de chorar cada vez mais por cada vez menos situações. Chorar um pouco ok, nos faz sentir como humanos que tem fragilidades, mas devemos sempre buscar forças para ter menos do que chorar nas próximas vezes.

Como nos livrarmos dos pesos do passado que nos atormentam sempre que tentamos dar um passo à frente

Olhar com olhos maduros estas situações passadas. Muitos traumas deixam marcas porque nos pegaram em momentos onde não tínhamos saída, por isso devemos aproveitar e criar oportunidades de olhar novamente para estas vivencias e dar um novo significado à elas  percebendo que estamos sempre nos desenvolvendo e podemos ser um pouco mais fortes do que já fomos no passado. A psicoterapia faz justamente este trabalho.

Como parar de se lamentar pelo que não conseguiu realizar

As perdas costumam ser as vivencias mais dolorosas. Perder o que tinha de bom ou perder as esperanças de ter algo que nem conseguiu ser concretizado constitui-se uma das maiores dores.
Conseguimos deixar de nos apegar  quando percebemos que podemos almejar por exemplos duas coisas, conseguir estas duas coisas e nos sentir satisfeitos ou podemos almejar dez coisas, conseguir sete e perceber que não seria justo de nossa parte nos lamentarmos por ter não ter conseguido aquelas três.
A dificuldade em seguir adiante é um peso amarrado nas pernas.
O excesso de desejos ou a falta de critérios ao estabelecermos nossos objetos de desejo por fazer com que tenhamos metas irreais, aí a frustação é certa.
Desejar “errado” também é algo que pode trazer frustração. Desejamos de forma errada quando especificamos demais. Por exemplo, se desejamos aquele emprego, naquela empresa, naquele cargo com aquele salário nos colocamos em risco de sairmos frustrados. Mas se ampliarmos nossas metas para um emprego em nossa área de atuação em uma empresa que nos valorize estamos dando chance para um numero bem maior de opções.

http://www.marisapsicologa.com.br/faxina-emocional.html

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