A covardia alimenta a tristeza


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A tristeza parece ser um dos sinais mais característicos do nosso tempo, como se a depressão houvesse tomado conta das pessoas. Atualmente a Organização Mundial da Saúde publica relatórios sucessivos onde relata o aumento do número de pessoas diagnosticadas com depressão, a tal ponto que alguns a tratam como uma pandemia.


Sob o rótulo de “depressão”, se classifica todo tipo de tristeza ou desânimo. Mas não é só isso, a depressão se tornou uma condição perfeitamente tolerável e até exaltada na vida cotidiana. É muito comum ouvir que alguém está “deprê” ou “hoje não vou sair porque estou um pouco deprimido”.O que há algumas décadas era um problema psiquiátrico, hoje se tornou um fato cotidiano e se confunde com a tristeza.


Aos poucos, vamos conseguindo que as distrações, entretenimentos e hobbies nos ajudem a lidar com uma vida que não é tão agradável ou que valha a pena ser vivida. Estamos desconectados da nossa essência interior e no momento que percebemos isto, nos questionamos e nos sentimos oprimidos.


A tristeza crônica e a saúde mental

Existem suspeitas sérias sobre os interesses que podem estar por trás desta epidemia de depressão. Existe um discurso científico que valoriza os fatores biológicos e genéticos envolvidos na tristeza, de modo que as pessoas não se sentem responsáveis pelo sofrimento que as aflige. A melhor solução é tomar um medicamento e as empresas farmacêuticas são as principais beneficiárias dessa “epidemia”.


Antigamente, o transtorno de humor que levava as pessoas a permanecerem passivas, tristes e sem vontade de viver era atribuído a um desequilíbrio dos “humores corporais”.

Na Idade Média, essa tristeza crônica era chamada de “acídia” (melancolia profunda), e era um dos pecados mortais; depois esse conceito de pecado foi absorvido pela “preguiça”. Dante, o grande poeta, dizia que as pessoas afetadas por uma tristeza permanente e que não faziam nada para superá-la, deveriam estar no purgatório lamentado o tempo perdido.

No século XIX o psiquiatra Joseph Guislain definia esse estado permanente de tristeza como a “dor de existir”.  Mais tarde, Séglas a chamou de “hipocondria moral”.

No século XX, a psiquiatria começou a utilizar o termo depressão e a definia como uma desordem caracterizada pela ansiedade, sentimento de culpa, angústia, desânimo, diminuição do amor próprio e um estado permanente de autocensura ou autoacusação que afetava significativamente o estilo de vida da pessoa.

Utilize a sabedoria para não gerar expectativas muito elevadas para as coisas que não dependem diretamente de você e de suas atitudes. Elas dependem de outras pessoas que não pensam 
como você pensa, não agirão como você agiria e não sentem as coisas exatamente como você sente. 

Concentre-se em alterar as coisas que você pode e em buscar compreender as que estão nas mãos dos outros. Deixar a vida ser dirigida por nossas expectativas é como dirigir em alta velocidade de olhos vendados. Abra os olhos da razão, use o coração para amar a vida e as pessoas e a razão para conhecê-las, compreendê-las e aceitá-las." 

Uma vida baseada em expectativas é irreal e muito perigosa. Faça as pazes com a realidade e aprenda a ajustar suas expectativas dentro de um padrão lúcido e flexível. Nem a vida nem as pessoas são como nós gostaríamos que fossem, são como são. Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser... 

Um alerta importante: Antes de tentar se tornar quem você gostaria de ser, observe se suas expectativas com relação a si mesmo não estão equivocadas, talvez você esteja melhor assim...A vida é feita de escolhas, mas é impactada por nossas expectativas. 

Carlos Hilsdorf

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