Imagens que falam

Nossa sociedade está cada vez pior, estas ilustrações mostram claramente o quão ruim está
Infelizmente nós somos um tipo de vírus, porque somos muito egoístas em todos os sentidos, somos egoístas com o único mundo que temos e somos egoístas mesmo com as pessoas ao redor de nós e até mesmo com nós mesmos.
O pior de tudo é que nós somos muito materialistas, há um ditado onde diz claramente que se deu valor às pessoas e não ao material, este mundo seria consideravelmente diferente, mas algo que não vai acontecer.
Afinal, podemos ver claramente algumas universitárias que são capazes de vender seus corpos apenas para obter o mais recente modelo de smartphone do mercado, que você percebe o tipo de sociedade que temos, o que dá muito mais importância ao aparelho, onde você é capaz de colocar um preço sobre seu próprio corpo e, muitas vezes, dando-lhe um preço em sua própria vida e, geralmente, o preço é muito baixo.

Assim, as ilustrações que veremos a seguir são bastante forte, bastante reais, são uma maneira de ver o que está errado com a sociedade.

É claro que muitas destas ilustrações podem chegar a ofender a sensibilidade de algumas pessoas, no entanto, se você colocar-se para pensar objetivamente, nada mais é do que uma realidade, uma que mesmo que nós não gostamos, temos que habituar.

Nossa sociedade está cada vez pior, estas ilustrações mostram claramente o quão ruim está!





























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HERÁCLITO: O FILÓSOFO DO FOGO

Heráclito foi um filósofo que instituiu a ideia de que as transformações ocorrem em virtude da ação e reação entre os materiais, tendo o fogo como agente transformador.

Heráclito de Éfeso (540 a.C. a 470 a.C.), como o próprio nome indica, nasceu na cidade de Éfeso. Foi considerado um dos filósofos mais fascinantes, apesar de suas ideias confusas, o que resultou no apelido de “O Obscuro”. Esse cientista transmitia seus ensinamentos na forma de jogos de palavras e charadas.
Em razão da forma de expor seu pensamento, as ideias de Heráclito provocam debates acirrados há mais de vinte séculos. Os gregos e romanos já discutiam sobre ele e, mais tarde, foi tema de debates entre cristãos e muçulmanos. Já na filosofia moderna e contemporânea, sempre ressurgem assuntos ligados a esse cientista.
O filósofo possuía um caráter altivo e melancólico, recusou-se a intervir na política, manifestou desprezo pelos antigos poetas, era contra os filósofos de sua época e até contra a religião.
Heráclito nomeou o princípio organizador que governa o mundo de “logos”. São dele as seguintes frases:
"Da luta dos contrários é que nasce a harmonia.”
Tudo o que é fixo é ilusão.”
Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio.”
Não escutem a mim e sim ao logos.”
Das coisas surge a unidade. E, da unidade, todas as coisas.”
Principal ideal de Heráclito
Ele queria transmitir a ideia de que tudo que existe é uma manifestação da unidade da qual o homem faz parte. As transformações, segundo o filósofo, são consequências da tensão entre os opostos, da ação e reação. Segundo ele, o sol é novo a cada dia e o universo muda e transforma-se infinitamente a cada instante. Para exemplificar, compare essa ideia com o símbolo taoista de Ying e Yang:
Como se vê, os opostos fazem parte de um único todo. Esse símbolo representa a teoria que afirma que tudo está em um fluxo constante, mantendo uma unidade absoluta por meio do “logos”. Essa teria sido a grande descoberta do cientista: existe uma harmonia oculta das forças opostas, como a do arco e fecha.
Por que “Filósofo do fogo”?
Heráclito recebeu o nome de filósofo do fogo porque defendia a ideia de que o agente transformador é o fogo. Ele purifica e faz parte do espírito dos homens. Esses conceitos inspiraram os primeiros cientistas que exploraram na prática a união do material e o imaterial por meio do fogo: os famosos alquimistas.

Por Líria Alves
Graduada em Química

http://brasilescola.uol.com.br/quimica/heraclito-filosofo-fogo.htm

Molly Gambardella

ARTISTA - Molly Gambardella

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Depende do querer

Muralhas construídas seguras e resistentes a interferências podem ser destruídas ou jamais serão. Depende do querer. 
Depende da permissão dada para atravessar essa fortaleza criada. 
Escolher aquilo que nos move por dentro nos dá força e motivação para viver. 
"Questione caminhos pré determinados escolha o que lhe move por dentro viva e seja livre... 

Espelho Partido

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O Sofrimento como ferramenta de superação segundo Friedrich Nietzsche


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Uma lição que a vida difícil ensinou a Nietzsche foi que toda conquista é fruto de luta e esforço constantes embora imaginemos o sucesso como fácil e natural para algumas pessoas.

 Na visão de Nietzsche não existe entrada reta até o topo. Não me falem de dons ou talentos inatos.... escreveu. 
Nietzsche acreditava que para conseguir as coisas que realmente valem a pena é preciso sofrer. 
A essência da filosofia de Nietzsche se baseia em uma ideia...dificuldades são normais. 
Não devemos entrar em pânico e desistir de tudo.
 Nossa dor vem da distância entre aquilo que somos e aquilo que idealizamos ser. 
Nietzsche achava que não só bastaria sofrer mas saber reagir ao sofrimento.
 A inveja por exemplo pode gerar só amargura mas se conduzida da maneira correta pode nos estimular a disputar como rivais e produzir algo maravilhoso a ansiedade pode nos deixar em pânico, mas também pode nos levar para uma análise do que está errado gerando, assim, paz de espirito. 
Ele foi um dos poucos filósofos a destacar o lado bom das dificuldades e do fracasso acreditando que todos nós podíamos nos beneficiar deles e por isso ficou conhecido por criticar as religiões que muitas vezes eram comparadas ao alcoolismo  um subterfúgio barato que servia como fuga momentânea da realidade.
 Por isso afirmava que a felicidade não vem da fuga dos problemas e sim no ato de cultivá los para extrair algo positivo deles para só então transforma se no suprassumo do que há de mais nobre no espírito humano alcançando o status quo  da condição humana...
Considerar o sofrimento como algo a ser abolido é o cúmulo da idiotice...escreveu Nietzsche...

Fonte: Telegram

Novo parágrafo


Para toda angustiante interrogação, existe uma inesperada exclamação. Para toda vírgula que não te deixa ir adiante, existe um ponto final. Pra toda reticência que dói para sempre, existe um novo parágrafo.

_________Caio Fernando Abreu

O tempo




A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 

Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...


___________________________________Mario Quintana

QUER TROCAR DE LIVRO COMIGO?

Um homem sentou no banco de uma praça muito bonita em sua cidade. Era sábado de uma manhã fresca e agradável. 
No mesmo banco havia um senhor lendo um livro. O homem puxou um livro de sua bolsa, e tal qual o senhor começou a ler.

O homem ficou curioso em saber o que aquele senhor de idade estaria lendo num sábado de manhã no banco da praça. Olhou para o livro mas não conseguiu ler o título. O senhor vendo que o homem se interessara por sua leitura, disse...

 Olá do que se trata o livro que você está lendo?

O homem meio sem graça respondeu...

Ah...é um livro que fala sobre a arte de viver de como ter sucesso na vida e como atrair prosperidade.

Muito bom respondeu o senhor. O meu é sobre a arte de se assumir.

O homem ficou ainda mais curioso sobre o livro que o senhor estava lendo e perguntou...

 A arte de se assumir? Como assim?

O senhor respondeu...

 Sim essa arte é algo que falta em muitos livros que são vendidos hoje em dia. Em sua maioria os livros atuais ensinam as pessoas a deixarem de lado seus defeitos seus limites suas tristezas seu vazio etc...e viver a vida buscando a prosperidade o prazer a alegria etc. Esse livro trata a vida de uma forma um pouco diferente.
 Ele ensina cada pessoa a não rejeitar aquilo que é ao contrário... ensina cada pessoa possuir uma posição radical de assumir a si mesma... Ou seja assumimos que somos imperfeitos.que temos muitos erros que somos eternos carentes que somos inseguros que somos muitas vezes pessoas tristes vazias e que vivemos uma busca incessante de negar todas essas coisas e até mesmo fugir de todas elas.
 Mas o essencial é que a melhor forma de consertar tudo de ruim que há em nós é assumindo que somos assim e encarando isso de frente.

O homem estava maravilhado com estas explicações. O senhor continuou...

Isso significa nada mais nada menos do que cada um assumir a si mesmo.
 Sou imperfeito sim e daí?
 Sou inseguro sim e daí? 
Sou carente sim e daí? 
Desde que meus defeitos não prejudiquem outras pessoas não vou ficar me cobrando ou me punindo constantemente ser algo que eu não sou ou que ainda não consegui ser.
 Esse livro ensina talvez uma das mais preciosas lições da vida...
 O aceitar a si mesmo. 
Aceitar como somos.e não ficar lutando eternamente para nos tornarmos algo que concebemos como a maneira ideal de ser. 
Por isso vamos seguir essa filosofia de vida e nos assumir... assumir quem somos o quanto ainda nos falta e viver bem com isso. 
Quando identificamos nossos limites e os aceitamos de bom grado se torna muito mais simples transpor esses mesmos limites. Mas aqueles que ficam fugindo a vida inteira dos seus limites sequer podem conhece los e por isso tem muito menos chance de superar ou transpor algo que não conhecemos. Portanto vamos viver plenamente a filosofia do assumir e si mesmo e aceitar a si mesmo. É uma filosofia que pode nos conduzir mais diretamente à felicidade.

O homem ouviu tudo e falou brincando...

 Quer trocar de livro comigo?

Fonte: Telegram

A covardia alimenta a tristeza


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A tristeza parece ser um dos sinais mais característicos do nosso tempo, como se a depressão houvesse tomado conta das pessoas. Atualmente a Organização Mundial da Saúde publica relatórios sucessivos onde relata o aumento do número de pessoas diagnosticadas com depressão, a tal ponto que alguns a tratam como uma pandemia.


Sob o rótulo de “depressão”, se classifica todo tipo de tristeza ou desânimo. Mas não é só isso, a depressão se tornou uma condição perfeitamente tolerável e até exaltada na vida cotidiana. É muito comum ouvir que alguém está “deprê” ou “hoje não vou sair porque estou um pouco deprimido”.O que há algumas décadas era um problema psiquiátrico, hoje se tornou um fato cotidiano e se confunde com a tristeza.


Aos poucos, vamos conseguindo que as distrações, entretenimentos e hobbies nos ajudem a lidar com uma vida que não é tão agradável ou que valha a pena ser vivida. Estamos desconectados da nossa essência interior e no momento que percebemos isto, nos questionamos e nos sentimos oprimidos.


A tristeza crônica e a saúde mental

Existem suspeitas sérias sobre os interesses que podem estar por trás desta epidemia de depressão. Existe um discurso científico que valoriza os fatores biológicos e genéticos envolvidos na tristeza, de modo que as pessoas não se sentem responsáveis pelo sofrimento que as aflige. A melhor solução é tomar um medicamento e as empresas farmacêuticas são as principais beneficiárias dessa “epidemia”.


Antigamente, o transtorno de humor que levava as pessoas a permanecerem passivas, tristes e sem vontade de viver era atribuído a um desequilíbrio dos “humores corporais”.

Na Idade Média, essa tristeza crônica era chamada de “acídia” (melancolia profunda), e era um dos pecados mortais; depois esse conceito de pecado foi absorvido pela “preguiça”. Dante, o grande poeta, dizia que as pessoas afetadas por uma tristeza permanente e que não faziam nada para superá-la, deveriam estar no purgatório lamentado o tempo perdido.

No século XIX o psiquiatra Joseph Guislain definia esse estado permanente de tristeza como a “dor de existir”.  Mais tarde, Séglas a chamou de “hipocondria moral”.

No século XX, a psiquiatria começou a utilizar o termo depressão e a definia como uma desordem caracterizada pela ansiedade, sentimento de culpa, angústia, desânimo, diminuição do amor próprio e um estado permanente de autocensura ou autoacusação que afetava significativamente o estilo de vida da pessoa.

Utilize a sabedoria para não gerar expectativas muito elevadas para as coisas que não dependem diretamente de você e de suas atitudes. Elas dependem de outras pessoas que não pensam 
como você pensa, não agirão como você agiria e não sentem as coisas exatamente como você sente. 

Concentre-se em alterar as coisas que você pode e em buscar compreender as que estão nas mãos dos outros. Deixar a vida ser dirigida por nossas expectativas é como dirigir em alta velocidade de olhos vendados. Abra os olhos da razão, use o coração para amar a vida e as pessoas e a razão para conhecê-las, compreendê-las e aceitá-las." 

Uma vida baseada em expectativas é irreal e muito perigosa. Faça as pazes com a realidade e aprenda a ajustar suas expectativas dentro de um padrão lúcido e flexível. Nem a vida nem as pessoas são como nós gostaríamos que fossem, são como são. Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser... 

Um alerta importante: Antes de tentar se tornar quem você gostaria de ser, observe se suas expectativas com relação a si mesmo não estão equivocadas, talvez você esteja melhor assim...A vida é feita de escolhas, mas é impactada por nossas expectativas. 

Carlos Hilsdorf

A Vida não é Feita de Expectativas, é Feita de Escolhas!


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...É importante e fundamental se ter expectativas, com tanto que suas expectativas estejam dentro da sua realidade.. 


"Expectativas são esperas ansiosas e produzem um efeito danoso em nossas vidas quando excedem os padrões da realidade. É da natureza humana gerar expectativas com relação às coisas, o problema é que nossa imaginação é muito fértil e nossos desejos excedem nossa compreensão da realidade. Nestas condições criamos expectativas com pouca ou nenhuma chance de acontecerem e caminhamos rumo à decepção e a frustração. 

Achamos que os outros nos decepcionam quando, na verdade, na maioria das vezes fomos nós quem criamos expectativas irreais sobre eles e suas atitudes. A solução para essas questões que sempre causam sofrimento e desilusões passa pelas seguintes reflexões: 

1ª) Precisamos compreender que nossas expectativas são formadas a partir de nossos desejos e fantasias e, não possuem, muitas vezes, nenhuma relação com a realidade. 

2ª) Nossas expectativas estão ligadas à nossa imaginação e por isso podem assumir proporções muito difíceis de serem atendidas. 

3ª) As expectativas são nossas, mas podem depender de ação de outras pessoas e acontecimentos para se concretizarem, portanto estamos esperando por algo sobre o qual não temos controle efetivo. 

4ª) Expectativas estão associadas à imaginação, sentimentos, emoções e experiências anteriores. 

5ª) Expectativas sofrem a ação da nossa ansiedade e dos outros aspectos psicológicos que compõe a nossa personalidade. 

Assim, como em tudo na vida, também precisamos aprender a lidar com nossas expectativas e introduzir a razão como mediadora entre elas e a realidade. 

Às vezes, você espera que alguém ligue para você e a pessoa não liga... Quanto maiores forem as expectativas de receber a ligação, maior será o sofrimento e a decepção de não a ter recebido. Não percebemos nitidamente, mas nos sentimos feridos, afinal a pessoa “devia” ter ligado e não ligou. Pronto. Esse “ferimento emocional”, que se originou em função de nossas expectativas não atendidas, será suficiente para que nossa imaginação agigante as consequências ao criar as “razões“ pelas quais a pessoa não ligou, tais como: ela não me dá a atenção que eu mereço; ela só me procura quando convém; ela deve estar se divertindo com outras pessoas; ela está me enganando; ela não tem por mim a mesma consideração e sentimento que eu tenho por ela, etc. 

Ora, todas estas “razões” são meras suposições da nossa imaginação ampliadas pela ansiedade e por frustrações e comparações com situações anteriores. 

A pessoa pode não ter ligado por razões concretas e justificáveis as quais poderíamos facilmente compreender em uma conversa franca com ela. Julgamos baseados em suposições, e suposições são apenas probabilidades manipuladas pela nossa imaginação. 

Quanto maiores forem as suas expectativas diante de qualquer situação na vida, maiores serão suas chances de se decepcionar. Quando não estamos esperando nada, achamos tudo o que acontece maravilhoso. Quando esperamos pouco, o que acontece facilmente atende ou supera as nossas expectativas, mas quando esperamos muito... 

Esperar muito é depositar nas mãos de outras pessoas e acontecimentos a responsabilidade de fazer seus desejos acontecerem. É uma perigosa ilusão. 

Procure dividir os aspectos de sua vida em dois grandes grupos: as coisas que você espera que aconteçam e depende determinantemente de você e as coisas que você espera que aconteça, mas dependem muito mais de outras pessoas e acontecimentos que da sua ação. Observe que você só pode agir sobre as coisas que dependem determinantemente de você. Somente sobre elas você possui controle. As coisas que dependem de outras pessoas e acontecimentos estão fora do seu controle, você pode até influenciá-las de alguma maneira, mas não pode controlá-las.

Psicanálise e Você, [19.10.16 00:49]
Utilize a sabedoria para não gerar expectativas muito elevadas para as coisas que não dependem diretamente de você e de suas atitudes. Elas dependem de outras pessoas que não pensam 
como você pensa, não agirão como você agiria e não sentem as coisas exatamente como você sente. 

Concentre-se em alterar as coisas que você pode e em buscar compreender as que estão nas mãos dos outros. Deixar a vida ser dirigida por nossas expectativas é como dirigir em alta velocidade de olhos vendados. Abra os olhos da razão, use o coração para amar a vida e as pessoas e a razão para conhecê-las, compreendê-las e aceitá-las." 

Uma vida baseada em expectativas é irreal e muito perigosa. Faça as pazes com a realidade e aprenda a ajustar suas expectativas dentro de um padrão lúcido e flexível. Nem a vida nem as pessoas são como nós gostaríamos que fossem, são como são. Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser... 

Um alerta importante: Antes de tentar se tornar quem você gostaria de ser, observe se suas expectativas com relação a si mesmo não estão equivocadas, talvez você esteja melhor assim...A vida é feita de escolhas, mas é impactada por nossas expectativas. 

Carlos Hilsdorf

Surpresas

Aceita as surpresas que transformam teus planos, derrubam teus sonhos, dão rumo totalmente diverso ao teu dia e, quem sabe, à tua vida. Não há acaso. Dá liberdade ao Pai, para que Ele mesmo conduza a trama dos teus dias. 

(D. Hélder Câmara)

Giz, mil utilidades: contra-mofo

XÔ MOFO

Quem sofre com o mofo nos armários  levanta a mão!!! \0/  Eu já tinha visto essa dica  de usar o giz penduradinho num gancho no guarda-roupa e achei um glamour.


Mas nem todos (quase ninguém) tem esse  ganchinho no armário, né? Olha a sugestão da Tathiana Renata para espantar o "mofozildo" da casa.

Pesquisando mais sobre o assunto MOFO descobri o giz branco, aquele de escola mesmo.
Entao comprei 10 caixas de giz, que vem com cinquenta, comprei 1 metro de filó, cortei ele em triângulos. Ah comprei também aqueles arames emborrachados... (tem na casa das embalagens vendem por peso baratinho) e fiz umas trouxinhas com 5 gizes e espalhei por todas gavetas, repartições do guarda-roupa e olha que ajudou muito. Ah... e não suja,e nem mancha as roupas de branco não.


Preste atenção. Quando o mofo acaba, para onde vai a umidade? É claro que ela fica presa no giz  que é um material altamente higrosgópico (que atrai umidade).

Então, esqueceram de dizer o seguinte: vai chegar um momento em que o giz ficará saturado de umidade (água) e não vai mais funcionar, isto é, não vai mais atrair a umidade. Qual é a solução? Coloque o giz num forninho em temperatura branda para retirar a umidade do giz e volte a usá-lo como se fosse novo.

Esta é a grande vantagem do giz, poder se recuperar.

Grande abraço.

http://judamore.blogspot.com.br/2011/10/giz-mil-utilidades-contra-mofo.html

Fuga Mundi

“A vida contemplativa não é nem pode ser uma simples evasão, uma pura negação, uma fuga do mundo em face dos seus sofrimentos, crises, confusões e erros. (...) Esquecer ou ignorar esse fato não exime o monge da responsabilidade na participação de acontecimentos ante os quais o seu próprio silêncio e o seu ‘não-tomar-conhecimento’ poderão constituir uma forma de cumplicidade. (...) Pode-se dizer, em tais casos, que o monge, em sua liturgia, em seu estudo ou em sua vida contemplativa está de fato participando daquilo de cuja renúncia se congratula.”

Tarde te amei

15 versos e frases famosos de Pablo Neruda

15 versos e frases famosos de Pablo Neruda

Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto, mais conhecido como Pablo Neruda, é considerado o mais importante poeta chileno de todos os tempos. Foi o terceiro latino-americano — e o segundo chileno — a receber o prêmio Nobel de Literatura. Sua obra poética, que é extensa, ampla e profunda, transcendeu gerações e fronteiras, conquistando milhões de leitores.
No Incrível.club nos orgulhamos de difundir suas palavras e permitir que alguns de seus versos façam parte da vida de nossos seguidores. Por isso, apresentamos 15 de suas melhores frases e versos.
1. Algum dia, em qualquer parte, em qualquer lugar, indefectivelmente, se encontrarás consigo mesmo, e essa, apenas essa, pode ser a mais feliz o a mais amarga de suas horas.
2. Conhecer o amor dos que amamos é o fogo que alimenta a vida.
3. É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
4. Para o meu coração, basta o seu peito, para a sua liberdade, bastam as minhas asas.
5. Poderão cortar todas as flores, mas não poderão deter a primavera.
6. Não há mais destino do que o que faremos a puro sangue, a mão.
7. Amo seus pés porque caminharam sobre a terra e sobre o vento e sobre a água, até que me encontraram.
8. Há um certo prazer na loucura, que só o louco conhece.
9. Acontece é que me canso de ser homem.
10. Gosto quando te calas porque estás como que ausente, e me escutas de longe, e minha voz não te tocas. Parece que os olhos tivessem de ti voado, e parece que um beijo te fecharás a boca.
11. Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida.
12. E quando você aparecer ouvem-se todos os rios em meu corpo, agitam-se os céus, os sinos e um hino enche o mundo.
13. Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejeiras.
14. E se não dá mais, apenas encontre o que está em suas mãos, creia que dar amor nunca é em vão. Vá em frente sem olhar para trás.
15. Fica proibido não sorrir dos problemas, não lutar pelos que querem lhe abandonar por medo, não tornar seus sonhos realidade.
http://incrivel.club/criatividade-arte/15-versos-e-frases-famosos-de-pablo-neruda-805/

15 Frases de Jorge Luis Borges


15 Frases de Jorge Luis Borges
Jorge Luis Borges é um dos maiores escritores argentinos e latino-americanos do século XX e de todos os tempos. Sua passagem pela literatura deixou um rastro inapagável e serviu de inspiração para centenas de novas vozes e milhões de leitores ávidos por fantasia e poesia. Ao longo de sua vida, publicou dezenas de livros de ensaio, poesia e contos. Sua obra é imensa e maravilhosa e ainda assim ele sempre sentiu que era grande não pelo que tinha escrito, mas pelo que tinha lido.
Incrível.club compartilha com você 15 frases célebres deste eterno candidato ao prêmio Nobel de Literatura, que fez do universo uma biblioteca infinita e do conhecimento a sua maior ambição
1. Não fale a menos que possa melhorar o silêncio.
2. Eu não falo de vinganças nem perdões, o esquecimento é a única vingança e o único perdão.
3. É necessário ter cuidado escolhendo os inimigos, porque acaba se parecendo a eles.
4. O passado é argila que o presente lavra ao seu capricho. Interminavelmente.
5. Entre as coisas há uma da qual ninguém se arrepende na Terra. Essa coisa é ter sido valente.
6. Alguém está apaixonado, quando percebe que a outra pessoa é única.
7. Estar contigo ou não estar contigo é a medida do meu tempo.
8. Talvez porque já não vejo a felicidade como algo inalcançável, agora sei que a felicidade pode acontecer em qualquer momento e que não deve ser perseguida.
9. Quando nossas ideias se chocam com a realidade, o que tem de ser revisado são as ideias..
10. Apenas aquele que foi é que nos pertence.
11. Cometi o pior dos pecados que um homem pode cometer, não fui feliz.
12. Quem sou? Estou tentando verificar.
13. A beleza é esse mistério maravilhoso que não decifram nem a psicologia nem a retórica.
14. Felizes os valentes, os que aceitam com mesmo ânimo a derrota ou os aplausos.
15. Somos nossa memória, somos esse quimérico museu de formas inconstantes, esse montão de espelhos quebrados.

Exaustos-e-correndo-e-dopados

Na sociedade do desempenho, conseguimos a façanha de abrigar o senhor e o escravo no mesmo corpo


Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do outro lado do planeta, participamos de protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco para alcançar a meta de trabalhar 24X7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana. Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo, trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, ao ritmo de emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e escravo ao mesmo tempo.
Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se emendam, tanto quanto os meses e como os dias, a metade de 2016 chegou quando parecia que ainda era março. Estamos exaustos e correndo. Exaustos e correndo. Exaustos e correndo. E a má notícia é que continuaremos exaustos e correndo, porque exaustos-e-correndo virou a condição humana dessa época. E já percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime, entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para continuar exaustos-e-correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.
Os cliques da internet são os remos das antigas galés. Remem... Cliquem....
Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como diz o clichê e alguns anúncios publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro, estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se tornou alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas sozinhos. Escassas são as conversas, a rede tornou-se em parte um interminável discurso autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é preciso o outro.
Talvez parte do que consideramos ativismo seja um novo tipo de passividade
Há tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos falta contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos falta silêncios. Nos falta até o tédio. Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja uma ilusão de ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e de pontos de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não há mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência.Ao final do dia que não acaba resta a ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra todas as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem. Apaziguam, mas não movem. Entorpecem, mas será que movem?
Sobre esse tema há um pequeno livro, precioso, chamado sugestivamente deSociedade do Cansaço (Editora Vozes). Seu autor é o filósofo Byung-Chul Han, um coreano radicado na Alemanha que se tornou professor universitário de filosofia e estudos culturais em Berlim. Neste livro, Han faz um diálogo crítico com pensadores como Alain Ehrenberg, Giorgio Agamben, Michel Foucault, Hanna Arendt, Walter Benjamin e Friedrich Nietzsche, entre outros. Já meu diálogo com ele é por minha própria conta e risco.
Sobre nossa nova condição, Han diz:
“A sociedade do trabalho e a sociedade do desempenho não são sociedades livres. Elas geram novas coerções. A dialética do senhor e escravo está, não em última instância, para aquela sociedade na qual cada um é livre e que seria capaz também de ter tempo livre para o lazer. Leva, ao contrário, a uma sociedade do trabalho, na qual o próprio senhor se transformou num escravo do trabalho. Nessa sociedade coercitiva, cada um carrega consigo seu campo de trabalho. A especificidade desse campo de trabalho é que somos ao mesmo tempo prisioneiro e vigia, vítima e agressor. Assim, acabamos explorando a nós mesmos. Com isso, a exploração é possível mesmo sem senhorio”.
Os autônomos são autômatos, programados para chicotear a si mesmos
Chegamos a isso: a exploração mesmo sem patrão, já que o introjetamos. Quem é o pior senhor se não aquele que mora dentro de nós? Em nome de palavras falsamente emancipatórias, como empreendedorismo, ou de eufemismos perversos como “flexibilização”, cresce o número de “autônomos”, os tais PJs (Pessoas Jurídicas), livres apenas para se matar de trabalhar. Os autônomos são autômatos, programados para chicotear a si mesmos. E mesmo os empregados se “autonomizam” porque a jornada de trabalho já não acaba. Todos trabalhadores culpados porque não conseguem produzir ainda mais, numa autoimagem partida, na qual supõem que seu desempenho só é limitado porque o corpo é um inconveniente.
Para este filósofo, a sociedade do século 21 não é mais disciplinar, como na construção de Foucault (1926-1984). Mas uma sociedade de desempenho. Também seus habitantes não se chamam mais “sujeitos de obediência”, mas “sujeitos de desempenho e de produção”. São empresários de si mesmos.
Se a sociedade disciplinar era uma sociedade de negatividade, a desregulamentação crescente vai abolindo-a. A afirmação Yes, we can, segundo Han, expressa o caráter de positividade da sociedade de desempenho. No lugar de “proibição”, “mandamento” ou “lei”, entram “projeto”, “iniciativa” e “motivação”. Assim, não é um acaso que a depressão é a doença dessa época. A sociedade disciplinar é dominada pelo “não”. Sua negatividade gera loucos e delinquentes. A sociedade do desempenho, para a qual teríamos “evoluído”, ao contrário, produz depressivos e fracassados. A sociedade de desempenho, nas palavras de Han, produz infartos psíquicos.
"O depressivo é o inválido da guerra internalizada da sociedade do desempenho"
O depressivo seria o animal laboransque explora a si mesmo. É agressor e vítima ao mesmo tempo. A depressão irromperia no momento em que o sujeito de desempenho não pode mais poder. Afinal, se tudo é possível, como eu não posso? O imperativo do tudo é possível é, paradoxalmente, aniquilador. Porque, obviamente, tudo não é possível. Nada mais limitante do que acreditar não ter limites. E viver como se poder poder dependesse apenas da (livre) iniciativa de cada um. E não poder poder, ter limites, portanto, fosse um fracasso pessoal.
Han sugere que a depressão é um cansaço de fazer e de poder. Só uma sociedade que acredita que tudo é possível é capaz de engendrar a lamúria depressiva de que nada é possível. “Não mais poder poder leva a uma autoacusação destrutiva e a uma autoagressão”, diz o filósofo. “O sujeito de desempenho encontra-se em guerra consigo mesmo. O depressivo é o inválido dessa guerra internalizada.”
"A autoexploração é mais eficiente do que a exploração do outro, porque caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade"
A depressão, portanto, seria o adoecimento de uma sociedade que sofre sob o excesso de positividade. “O sujeito de desempenho está submisso apenas a si mesmo. É nisso que ele se distingue do sujeito de obediência. A queda da instância dominadora não leva à liberdade. Ao contrário, faz com que liberdade e coação coincidam. Assim, o sujeito de desempenho se entrega à livre coerção de maximizar o desempenho. O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração. Essa é mais eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos.”
E, assim, estamos cada mais livres para trabalhar 24X7 – ou atuar 24X7. Alcançamos a paradoxal liberdade de sermos escravos. Como o corpo se rebela, manifestando-se em depressões, insônias, crises de ansiedade e de pânico, dopa-se o corpo. Mas o corpo não é uma outra coisa, não é sequer a casa da alma. O corpo é. Assim, ao mesmo tempo que denunciamos a opressão, a calamos. Como a relação senhor-escravo não pode ser questionada, menos ainda se ambos ocupam a mesma pessoa, o doping cumpre a função de censurar os protestos do mundo interior – ou dos escombros que restam dele. Cumpre, no nível interno, o papel das bombas de gás e das balas de borracha da PM nas manifestações de rua contra o status quo. Mas, aqui, é o mesmo indivíduo, o que reprime, censura e silencia, e o que é reprimido, censurado e silenciado.
Ser multitarefa, uma outra dimensão do mesmo fenômeno, é visto como uma capacidade neste momento histórico, uma espécie de ganho evolutivo que tornaria a pessoa mais bem adaptada à sua época. É pergunta de questionários, qualidade apresentada por pessoas vendendo a si mesmas, exigência apontada pelos gurus do sucesso. Logo se tornará altamente subversivo, desorganizador, alguém ter a ousadia de afirmar: “Não, eu não sou multitarefa. Me dedico a uma coisa de cada vez”.
"Ser multitarefa é retroceder a um estado selvagem"
Han, assim como outros filósofos contemporâneos, discorda dessa ideia – ou dessa propaganda. Ou, ainda, dessa armadilha. Para ele, a técnica temporal e de atenção multitarefa não representa nenhum progresso civilizatório. Trata-se, sim, de um retrocesso. O excesso de positividade se manifesta também como excesso de estímulos, informações e impulsos. Modifica radicalmente a estrutura e a economia da atenção. Com isso, fragmenta e destrói a atenção. A técnica da multitarefa não é uma conquista civilizatória atingida pelo humano deste tempo histórico. Ao contrário, está amplamente disseminada entre os animais em estado selvagem:
“Um animal ocupado no exercício da mastigação da sua comida tem de ocupar-se, ao mesmo tempo, também com outras atividades. Deve cuidar para que, ao comer, ele próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo ele tem que vigiar sua prole e manter o olho em seu/sua parceiro/a. Na vida selvagem, o animal está obrigado a dividir sua atenção em diversas atividades. Por isso, não é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no comer nem no copular. O animal não pode mergulhar contemplativamente no que tem diante de si, pois tem de elaborar, ao mesmo tempo, o que tem atrás de si”.
"Por falta de repouso, nossa civilização caminha para a barbárie"
A contemplação é civilizatória. E o tédio é criativo. Mas ambos foram eliminados pelo preenchimento ininterrupto do tempo humano por tarefas e estímulos simultâneos. Você executa uma tarefa e atende ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come assistindo à Netflix e xingando alguém no Facebook, pergunta como foi a escola do filho checando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no Instagram, faz um trabalho enquanto manda um email sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tarefas ao mesmo tempo. Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma involução.
Voltamos ao modo selvagem. Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já chamava a atenção para o fato de que a vida humana finda numa hiperatividade mortal se dela for expulso todo elemento contemplativo: “Por falta de repouso, nossa civilização caminha para uma nova barbárie”.
Frente à vida desnuda, aponta Han, reagimos com hiperatividade, com a histeria do trabalho e da produção. A agudização hiperativa da atividade faz com que essa se converta numa hiperpassividade. Aderimos a todo e qualquer impulso e estímulo. Em vez da liberdade, novas coerções. Só por meio da negatividade do parar interiormente, o sujeito de ação pode dimensionar todo o espaço da contingência que escapa a uma mera atividade. Vivemos, diz ele, num mundo muito pobre de interrupções, pobre de entremeios e tempos intermédios.
Assim, o que parece movimento pode ser apenas adesão e paralisia. O ativo, ou o hiperativo, talvez seja de fato um hiperpassivo. Se há um tempo só, o do acontecimento, ou se tudo é acontecimento, nada de fato acontece. Em parte, explica a sensação de que tudo é efêmero, de que o espasmo de um segundo atrás, que produziu gritos e fúrias, tornou-se distante, substituído por outro que também produz gritos e fúrias, e que um segundo adiante já não será. E logo não se sabe exatamente pelo que se grita e pelo que se enfurece, mas o imperativo é seguir gritando e se enfurecendo.
Nessa atualidade histérica, a irritação substitui a ira. Voltando às palavras de Han: “A ira é uma capacidade que está em condições de interromper um estado, e fazer com que se inicie um novo estado. Hoje, cada vez mais, ela cede lugar à irritação ou ao enervar-se, que não podem produzir nenhuma mudança decisiva”.
Há que se escutar o mal-estar – e não calá-lo
A positividade dessa época tem, no meu modo de ver, um desdobramento nessa crise tão particular do Brasil. Temos sido instados a ser “otimistas” ou a escolher este ou aquele lado “para recuperar o otimismo”. Como se a questão se desse em torno do otimismo/pessimismo, ou como se o otimismo fosse uma qualidade moral. Essa positividade também me parece aqui ganhar uma relação com a esperança, como já escrevi neste espaço. Como se o esperançoso tivesse uma qualidade moral a mais, o que o colocaria um ou vários patamares acima de todos os outros. E como se esse momento fosse uma questão de esperança ou de resgate da esperança, para além das manipulações marqueteiras mais óbvias. Pouco importa o otimismo/pessimismo, pouco importa a esperança. O buraco é muito mais fundo.
Há que se escutar o mal-estar – e não calá-lo. Vivê-lo num processo de interrogação, vivê-lo como movimento. Carregar os limites, sem confundir ter limites com estar paralisado. Não há potência total, não há tudo é possível, não há Yes, we can. Não ter potência total não é o mesmo que ser impotente. A ilusão da potência total é que acaba levando à impotência. Há potência em dizer não – e há potência em não fazer. Como Bartleby, o personagem de Herman Melville intuiu, “prefiro não fazer” pode ser um ato de resistência e de reconexão com a própria humanidade.
"O computador é burro porque não é capaz de hesitar"
Em mais um paralelo com as crises do Brasil atual, chama a atenção a necessidade de respostas imediatas, de explicações instantâneas, de certezas. Em alguns momentos mais agudos, uma parcela da própria imprensa parece ter se esquecido de fazer perguntas. A exigência de respostas imediatas, respostas que não passem pela investigação e pela interrogação, leva à resposta nenhuma. Porque não há pergunta. Porque o pensamento está ausente, foi substituído pelo reflexo e pelo imperativo de preencher o vazio com palavras. Não há mérito na velocidade, nadas imediatos continuam sendo nadas. Ou coisa pior.
Como aponta Han, apesar de todo o seu desempenho, o computador é burro, na medida em que lhe falta a capacidade para hesitar. Se o computador conta de maneira mais rápida que o cérebro humano e acolhe uma imensidão de dados é também porque está livre de toda e qualquer alteridade. É, por excelência, uma máquina positiva. Tornar essa positividade uma qualidade a ser imitada é uma estupidez a qual temos aderido.
Há anos ouvimos tantos repetindo por aí: “Estou cansad@”. O cansaço, diz Han, é mais do menos eu. Mas a tragédia é que “o menos no eu se expressa como um mais para o mundo”. E, assim, a sociedade do cansaço, enquanto uma sociedade ativa, desdobra-se lentamente numa sociedade do doping. E leva a um “infarto da alma”.
Senhor e escravo ao mesmo tempo, temos uma chance enquanto houver também um rebelde. Escutá-lo é preciso. Anestesiá-lo não é.
Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção Coluna Prestes - o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua, A Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos, e do romance Uma Duas. Site: desacontecimentos.com Email:elianebrum.coluna@gmail.com Twitter: @brumelianebrum

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